Reunião realizada na manhã desta segunda-feira (25) na Câmara de Vereadores de Cascavel foi o primeiro passo à união de forças para traçar estratégias voltadas a todos os setores que envolvem a segurança pública. Habitualmente, as pautas sobre o tema elencam principalmente a atuação ostensiva e repressiva das forças policiais, agora as instituições envolvidas vão cruzar informações e agir de forma cooperada, para definir soluções às diversas demandas que se iniciam desde a ocorrência de um crime até a ressocialização do preso.
Neste primeiro encontro os assuntos do debate foram gestão carcerária com foco na humanização, penas alternativas e ressocialização. Estudam-se meios de promover uma rotatividade de presos, estabelecendo uma quebra de vícios dentro do sistema prisional. Também há a pretensão de envolver os municípios por meio de seus programas sociais, garantindo o devido encaminhamento à qualificação, acompanhamento psicológico e reinserção profissional, considerando inclusive parceria com a iniciativa privada.
Diante de inúmeros assuntos levantados durante o encontro, ficou decidido que serão realizadas reuniões mensais. De acordo com o presidente da Câmara, Marcio Pacheco seria incoerente trazer temas à discussão na Casa de Leis sem o aprofundamento dos setores especializados e que é preciso fazer política com envolvimento de todos os setores. O próximo encontro acontecerá na segunda quarta-feira de março.
O delegado 15ª SDP, Nagib Nassif relatou que já enfrentou situações de ter que encarcerar 32 presos em celas com capacidade para quatro e que mudar esse cenário requer o envolvimento prático de todos. “Cada qual precisa fazer sua parte. Eu gostaria de manter presos em regime fechado, mas se a estrutura não permite, condicionar a liberdade requer que as demais esferas do poder público garantam o devido acompanhamento, do contrário ocorre a reincidência”, destaca Nagib.
Já o delegado da Policia Federal de Cascavel, Fábio Simões lembrou que pelo menos 50% dos policias realizam escolta de presos, desviando agentes dos trabalhos de investigação. “Há uma limitação da atuação policial e esse serviço de escolta gera um custo muito alto à instituição. Vejo como fundamental o envolvimento de todas as instituições para que possamos resolver nossos problemas locais”, defende Simões.
Participaram da reunião o presidente da Câmara, Marcio Pacheco, o vereador e membro da Comissão de Segurança, Nei Haveroth, a assessora da Defensoria Pública, Renata Diedemann Yohima, o 2º secretário do Conseg, Adriano Stradiotto, o chefe da Cadeia Pública, Ari Batista da Silva, o presidente da Acic, Leopoldo Furlan, e os agentes penitenciários Alessandro Luis Leme e Fabio Alberto Caetano. Também o diretor da Penitenciária Estadual, Daniel Pereira, os delegados de Polícia Federal Fábio André Lopes Simões e Martin Purper, o delegado adjunto da 15ª SDP, Nagib Nassif, o escrivão Sandro Covalchur, a tenente do 6º BPM, Denise Rauber e o policial rodoviário federal Sérgio Leonardo.
LEGENDA:
Reunião aconteceu na sala da presidêcia da Câmara
FOTO:
Flávio Ulsenheimer/Ass. Imp.
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JEFFERSON LOBO
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