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​​Câmara discute estratégias para levar mais segurança a todos os trabalhadores

Cascavel é a terceira cidade no Paraná com mais trabalhadores afastados por acidentes de trabalho e está entre as 50 cidades que mais afastam trabalhadores no Brasil por conta deste tipo de acidente. De acordo com o Ministério Público do Trabalho em Cascavel, só em 2020 foram 3.020 acidentes de trabalho e 17 mortes de trabalhadores.

A preocupação dos órgãos responsáveis pela prevenção e fiscalização na área de segurança do trabalho é conseguir chegar a todos os tipos de profissionais, especialmente aqueles que atuam como autônomos e por isso, não estão ligados a nenhuma empresa e arcam sozinhos com qualquer tipo de problema de saúde decorrente do trabalho. Por isso, o vereador Professor Santello (PTB) e a vereadora Beth Leal (Republicanos) organizaram uma reunião na Câmara nesta quinta-feira (07) para discutir estratégias para reduzir o número de acidentes de trabalho registrados em Cascavel e seu impacto na economia da cidade e na qualidade de vida dos trabalhadores.

Estiveram presentes na reunião o Doutor Renato Dal Ross, Procurador Regional do MPT (Ministério Público do Trabalho), Major  Amarildo Ribeiro, do 4º Grupamento de Bombeiros, Iloir Correa Junior, técnico especializado em Segurança do Trabalho (COPEL), Marlene Crivelari, gerente da Agência do Trabalhador, Neri Wagner Gehlen, gerente da Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT), Ricardo Soares, coordenador  Curso Técnico em Segurança do Trabalho do Colégio CEEP, Marcos Adriano Barros, gerente de Divisão de Medicina e Segurança do Trabalho da Prefeitura de Cascavel, Adriana Salles, diretora da Escola do Legislativo da Câmara e Adir Souza,  técnico da FUNDACENTRO e presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Paraná (SINTESPAR-PR).

As atividades que mais registram acidentes de trabalho no município são o comércio atacadista e varejista, atividades de atenção à saúde humana, fabricação de veículos automotores e fabricação de produtos alimentícios. Para o procurador do Ministério Público do Trabalho, Renato Dal Ross, “é importante lembrar que o acidente de trabalho afeta economicamente toda a sociedade, desde o sistema de saúde e de previdência, a família do trabalhador, os órgãos de prevenção e fiscalização que precisam ser fortalecidos e especialmente aquele trabalhador que não tem nenhum tipo de assistência ou vínculo trabalhista”.

Como destacou o Major Amarildo Ribeiro, “a própria expressão ‘acidente de trabalho’ implica em um erro. O que se chama de acidente poderia ser evitado com os cuidados adequados dos trabalhadores, uso correto dos equipamentos de segurança, treinamentos adequados e fiscalização”.

“Agora que temos um panorama bastante detalhado desta questão, vamos criar um grupo de trabalho para pensar junto na realização de cursos e campanhas que cheguem a todos os públicos, de forma especial àqueles que não estão vinculados às empresas e estão fora dos espaços formais de treinamento”, defendeu o Professor Santello.

Assessoria de Imprensa/CMC