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Cettrans responde questionamento da Câmara sobre atrasos nas linhas de ônibus

Em fevereiro, o vereador Celso Dal Molin (PR) encaminhou às empresas de transporte coletivo de Cascavel, Pioneira, Capital do Oeste e também à Cettrans requerimentos solicitando informações sobre a cobrança de multas por atraso nas linhas e o suposto repasse dessas multas aos motoristas. A Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Tráfego) respondeu o pedido informando que o Decreto Municipal 7.420/2007 regulamenta a questão e que as multas são cobradas das empresas através da emissão de guias de recolhimento.

Paulo Gorski, presidente do órgão, informou que em 2013 a média de multas emitidas foi de 2,41 e de 1,75 em 2014. No ano passado foram 29 autuações em 12 meses e de janeiro a abril de 2014, foram sete. Gorski também explicou que não são aplicadas advertências, tendo em vista a reincidência de ambas as empresas.

De acordo com o decreto municipal, a empresa que não cumprir rigorosamente os horários de tabela estipulados pela CETTRANS será multada em 10 UFMs (equivalentes a R$ 320,40) e ao atraso ou adiantamento do horário sem a autorização da companhia cabe uma multa de cinco UFMs (R$ 160,20).

Dal Molin explicou que tem recebido diversas reclamações de motoristas e também do sindicato que representa a classe. De acordo com as denúncias, quando o trajeto não é cumprido dentro do tempo de tolerância de cinco minutos, os motoristas são forçados a pagar multas que ultrapassam muitas vezes R$ 300. O vereador questionou “é preciso ver se as tabelas que as empresas usam hoje para analisar os trajetos estão atualizadas, porque a cidade mudou muito e em algumas linhas os motoristas têm cerca de 90 obstáculos para chegar ao ponto fina, mais o transito intenso”, concluiu Dal Molin.

O problema pode ser mais sério do parece. Além de comprometer o salário dos motoristas, expõe estes profissionais a situações de stress e ansiedade além do habitual e ainda coloca em risco a segurança dos usuários do transporte coletivo e dos motoristas e pedestres.

Em cidades como Curitiba, Blumenau e São José do Rio Preto, por exemplo, a questão gerou manifestações dos motoristas, que são cobrados por atrasos, assaltos aos ônibus, desconformidade dos uniformes e outros problemas que são responsabilidade das empresas de transporte.

Assessoria de Imprensa/CMC