Três novos depoimentos foram tomados na tarde desta segunda-feira pelos vereadores que compõem o Conselho de Ética da Câmara Municipal de Cascavel instituído para investigar eventual quebra de decoro parlamentar por parte do vereador Mário Seibert (sem partido). O depoimento mais aguardado era o do secretário de Serviços e Obras Públicas, Cléverson Thomé, que ratificou suas primeiras declarações sobre o caso.
O secretário voltou a confirmar, por exemplo, que emprestou R$ 60 mil ao vereador, recebeu o valor da dívida pouco tempo depois e que jamais influenciou na contratação da esposa do investigado, Marilei Seibert, para o cargo de diretora da Secretaria de Cultura. Cléverson também efetuou a leitura do depoimento que prestou ao Ministério Público, na tentativa de adiantar-se a alguns possíveis questionamentos.
Ainda foi ouvida na tarde desta segunda-feira a gerente de divisão da Biblioteca Pública, Silvia Prado, a quem a esposa do vereador era subordinada na Secretaria de Cultura. Ela manteve a mesma linha do depoimento do secretário de Cultura, Júlio César Fernandes, afirmando que Marilei era excelente funcionária e cumpridora de todas as obrigações impostas.
Também compareceu o superintendente do Paraná Banco, Anilson Pedroso. A instituição financeira liberou empréstimo no valor de R$ 30 mil a Marilei Seibert com desconto das parcelas em folha de pagamento.
Ao final da oitiva, o presidente do Conselho de Ética, Jorge Lauxen (DEM), afirmou que ainda existe a possibilidade de novas convocações, tendo em vista alguns fatos novos, sem revelar, no entanto, quais seriam.

LEGENDA
Cléverson Thomé durante depoimento ao Conselho de Ética da Câmara

CRÉDITO
Edson Mazzetto/Ass. Imp.