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Comissão de Meio Ambiente discute Programa Municipal de Educação Ambiental

Os vereadores da Comissão Permanente do Meio Ambiente Professora Beth Leal (Republicanos), Soldado Jeferson (PV) e Professor Santello (PTB) estiveram nesta segunda-feira (24), reunidos com membros da Secretaria do Meio Ambiente no Ecoponto Manaus. Estavam presentes o secretário de Meio Ambiente Nei Haveroth, o diretor de conservação ambiental Ailton Lima, a bióloga Janaína Casella, a coordenadora de Educação Ambiental Indialara Ross e a gerente de resíduos sólidos, Eliana Lisboa.

Na oportunidade, os legisladores deram um retorno sobre as vistorias que fizeram na última semana nos ecopontos e ressaltaram as necessidades urgentes que devem ser modificadas, para melhorias tanto para os catadores quanto para o processo de reciclagem no nosso município.

Para a presidente da Comissão, Professora Beth Leal, “esse encontro oportunizou esclarecer dúvidas restantes sobre o andamento da regulamentação do programa sustentar, do plano municipal de Educação Ambiental, além de ter acesso as prestações de contas das cooperativas participantes do trabalho de coleta de resíduos no município de Cascavel. A partir de agora faremos uma análise de todas as informações levantadas”.

“Nos surpreendemos com a organização e estruturas dos ecopontos. Acreditamos que, com o início dos trabalhos do Programa Municipal de Educação Ambiental, muitos problemas serão resolvidos como, por exemplo, a questão da reorganização nas cooperativas, agregando valores e melhorias para os cooperados, pois o que recebem é insuficiente para o sustento de suas famílias”, ressaltou o vereador Professor Santello.

O vereador Soldado Jeferson ressaltou a importância de unir as cooperativas para angariarem lucro e conseguirem melhores preços na compra dos reciclados. “Ao trabalharem coletivamente, os membros das cooperativas podem obter vantagens econômicas, como a negociação de preços melhores, com o acesso a canais de distribuição mais amplos, sem ficar refém de poucos compradores”, conclui.

O secretário Nei Haveroth explanou um pouco sobre o trabalho que está sendo feito com as cooperativas, além de todo apoio que o Poder Público oferece a esses munícipes. “Já foram investidos cerca de 13 milhões de reais na construção e manutenção dos ecopontos, além do fornecimento de todo material necessário, caminhões e combustível, pagamento de luz e água dos barracões, benefícios e 400 mil reais por mês para a empresa fazer a coleta. Também queremos auxiliar ainda mais essas cooperativas na gestão e organização. Não podemos interferir na administração, mas podemos sugerir e auxiliar em vários fatores, melhorando assim a qualidade de vida deles”.

O diretor de conservação ambiental Ailton Lima Antes falou sobre a situação atual das cooperativas e sobre os acordos de cooperação ativos para ocupação dos Ecopontos. “Alguns destes acordos acabaram de ser renovados com a elaboração de um TAG (Termo de Ajuste de Gestão) para regularizar alguns procedimentos que ainda não estão atendendo as necessidades. Algumas das cooperativas que ocupam os Ecopontos, foram notificadas e estão com prazo para fazer as adequações, como por exemplo manterem todo maquinário que foi cedido novo para as cooperativas com manutenção em dia” ressaltou.

Sobre a Lei

A lei que cria o Programa Sustentar foi aprovada em dezembro do ano passado e traz uma série de ferramentas para incentivo as cooperativas e por consequência uma maior renda aos trabalhadores da reciclagem ao mesmo tempo que se aplica educação ambiental para toda a sociedade.

A lei trará ainda outras mudanças, como a obrigação da separação do lixo nos locais públicos e dentro dos condomínios, cerca de 800 espalhados pela cidade.

Para a população, o grande diferencial será a criação da moeda Planeta, como uma forma de compensar aqueles que fizerem a separação correta do lixo e levarem até um dos pontos de coleta, aonde irão receber créditos por meio de um cartão digital. Acumulando pontos, poderão fazer a troca tanto por descontos de impostos municipais como de objetos e até trocar por vale gás ou mercado.

A lei está em fase de regulamentação, que deve finalizar no máximo até o próximo dia 5 de junho, o que vai permitir ao Município colocar em prática os princípios da Lei.

Assessoria do Vereador Professor Santello/CMC