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Comunidade solicita faixa elevada na Rua Universitária para garantir acessibilidade

O universitário Gustavo Hanke, do curso de Ciências da Computação da Unioeste, enfrenta um desafio cotidiano para se deslocar até a sala de aula: atravessar a rua Universitária. O jovem com deficiência visual conta que a falta de acessibilidade cria uma situação de dependência. “Essa é uma rua que está sempre movimentada, e nos horários de pico ainda mais. Preciso estar sempre acompanhado, e isso é problemático porque tenho que contar que alguém esteja disponível, e a pessoa que se dispõe a ajudar precisa sair do roteiro dela. Caso contrário, não vou poder chegar na aula por não conseguir atravessar a rua", conta ele.

Ivã de Paduá, da Assessoria de Igualdade e Promoção Social (AIPS) da Unioeste, destaca que a reivindicação é para atender a demanda dos acadêmicos e dos que virão, apontando que 5% de todas as vagas do próximo vestibular serão destinadas às pessoas com deficiência. "É preciso que o Poder Público de Cascavel, sobretudo por meio da Transitar, intervenha para garantir a segurança dos estudantes, em especial dos acadêmicos com deficiência", afirma.

"Nossos acadêmicos precisam de mobilidade e autonomia. O movimento da rua é intenso, e não tem nenhuma segurança. É necessário tanto para as pessoas que não enxergam, quanto para as que enxergam. Eu tenho baixa visão, moro próximo, mas quando venho a pé, alguém tem que me trazer para me auxiliar a atravessar. Sabemos de casos de várias pessoas, que enxergam, e foram atropeladas aqui por falta de sinalização", exclama a supervisora do Programa de Educação Especial (PEE), Vera Lúcia da Silva.

Devido ao grande fluxo de pedestres e veículos que circulam pela via, o mandato da vereadora Professora Liliam (PT), havia solicitado, em março, à Autarquia Municipal de Mobilidade, Trânsito e Cidadania (Transitar), estudos técnicos de viabilidade e implantação de redutor de velocidade e faixa elevada na rua Universitária. A resposta do Setor de Engenharia de Trânsito, após estudos realizados, foi de que existem dispositivos redutores de velocidade na via que estão atendendo as necessidades, e que a sinalização completa foi incluída no cronograma de serviços. No entanto, até final de maio ainda não foi realizado.

Segundo Professora Liliam, entre o clamor popular e conversas com o Executivo, já se vão alguns anos. "Essa é uma demanda antiga de todas as pessoas que frequentam a via: estudantes, trabalhadores, usuários das clínicas, moradores. Ela, inclusive, já foi apresentada em outras legislaturas, mas a população ainda não teve um retorno concreto e continua com o risco cotidiano de atropelamento", afirma.

Uma nova reunião com a comunidade, a vereadora Professora Liliam, o vereador Edson Souza (MDB) e a equipe técnica da Transitar será realizada nas próximas semanas para dar sequência à reivindicação.

Assessoria da Vereadora Professora Liliam/CMC