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Depoimento para CEI da Cohavel levanta dúvidas

Com seus trabalhos iniciados recentemente, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) constituída para investigar denúncias de irregularidades na administração da Companhia Habitacional de Cascavel (Cohavel), tomou o primeiro depoimento na tarde desta quinta-feira (26). Delir Borges Galeski, presidente do Conselho Municipal do Fundeb, compareceu no plenário da Câmara para explicar questões relacionadas às obras de reforma em cinco unidades educacionais da cidade, sendo quatro escolas e um Centro de Educação Infantil. Quando os documentos foram assinados, no ano passado, a Prefeitura contratou a Cohavel para execução das obras.
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) repassou ao Município pouco mais de R$ 1,4 milhão para as reformas e, em agosto de 2008, quando os contratos foram assinados, R$ 624.939,93 foram liberados à Cohavel para o início das obras, que tinham prazo de três meses para serem concluídas. A companhia acabou solicitando prorrogação por mais três meses alegando intempéries e aquecimento do setor imobiliário, o que teria resultado em atrasos na entrega de materiais.
Mas, de acordo com a presidente do conselho do Fundeb, passados os seis meses, as obras ainda estão em fase inicial e a Cohavel, ainda em 2008, já havia solicitado aditivos financeiros para dar continuidade aos trabalhos. “A verba que foi liberada deveria ser devolvida à Secretaria da Educação”, frisou Delir Galeski, lembrando que o atual prefeito já cancelou os empenhos tendo em vista os indícios de irregularidades. “Como órgão fiscalizador, emitimos parecer reprovando as contas da Secretaria de Educação referente ao período de 2008 e o documento já foi encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado”, adiantou.
Ao final, os vereadores que compõem a CEI, Marcos Rios (presidente), Valdecir Nath (relator) e Leonardo Mion (membro), concordaram com a necessidade de convocação do ex-secretário de Educação, Elemar Müller, para prestar esclarecimentos. “Esse primeiro depoimento fez com que várias dúvidas surgissem. A principal delas é a destinação que foi dada aos mais de R$ 620 liberados para a Cohavel”, argumentou Marcos Rios.



LEGENDA
Delir Galeski afirmou que o dinheiro deveria ser devolvido pela Cohavel à Secretaria de Educação

CRÉDITO
Edson Mazzetto/Ass. Imp.