As irregularidades constatadas e denunciadas pelo vereador Fernando ‘Bacana’ Dias Lima no sistema do transporte escolar rural de Cascavel foram amplamente discutidas durante Audiência Pública na tarde desta quarta-feira no plenário da Câmara Municipal. O instrumento regimental foi convocado pela Comissão de Justiça, Redação e Veto (CJRV), tendo em vista a gravidade das denúncias, que vão desde superlotação dos ônibus, falta de equipamentos de segurança obrigatórios, até o não pagamento de impostos, como IPVA.
Na abertura da audiência, o vereador Fernando Bacana disse que tem recebido inúmeras denúncias de irregularidades e que fez um levantamento in loco da situação, constatando os problemas. O representante de uma das duas empresas responsáveis pelo serviço afirmou que, no seu caso, a única irregularidade encontrada foi a falta de cinto de segurança em alguns dos veículos utilizados, mas que o problema já está sendo sanado. O diretor da outra empresa reconheceu que tem veículos com mais de 10 anos de uso e muitos sem cinto de segurança e ainda que, por problemas administrativos, não foi efetuado o pagamento de alguns impostos.
O presidente da Cettrans, Manoel dos Santos, revelou que a vistoria nos ônibus foi realizada entre os dias 5 de abril e 10 de maio deste ano, logo após a homologação do contrato. Na ocasião foram constatadas algumas irregularidades e a companhia fixou prazo até o próximo dia 19 de outubro para que todos os problemas fossem sanados. “Se as empresas não cumprirem todas as exigências, poderemos aplicar as sanções previstas no edital de licitação”, frisou.
Ao final, o vereador Fernando Bacana sustentou a opinião de que o contrato com as empresas deveria ser anulado, já que os representantes legais reconheceram os problemas.
A audiência foi comandada pelo presidente da CJRV e presidente interino da Câmara, Aderbal de Holleben Mello, e contou ainda com a participação dos vereadores Leonardo Mion, secretário da Comissão de Educação, Cultura e Desporto do Legislativo, Sadi Kisiel, Nestor Dalmina e Soni Braz Lorenzi.

LEGENDA
Representantes das empresas reconheceram alguns problemas durante a Audiência Pública

CRÉDITO
Edson Mazzetto/Ass. Imp.