Os trabalhos da Comissão Especial de Inquérito (CEI) instituída pela Câmara Municipal para investigar denúncias de irregularidades na administração da Companhia Habitacional de Cascavel (Cohavel) tiveram mais uma etapa na tarde desta quinta-feira (16). Várias pessoas que foram chamadas pela companhia no final do ano passado para assinarem contratos de posse dos terrenos onde residem prestaram depoimento no Plenário do Legislativo. As oitivas não acrescentaram muitos detalhes à investigação, já que a mesma situação há havia sido relatada por depoentes anteriores. Todos já residiam em terrenos ocupados de forma irregular e a Cohavel os chamou para assinarem contratos que, segundo os responsáveis pela companhia, regularizaria a situação. Porém, todos afirmaram que não desembolsaram qualquer quantia no ato da assinatura e que simplesmente pagariam parcelas fixas mensais.
A novidade do dia ficou por conta da convocação do ex-presidente da Cohavel, Vilson de Oliveira, que acompanhou todos os depoimentos nesta tarde. Ele deve depor na próxima segunda-feira, a partir das 15 horas, logo depois de outras pessoas que também adquiriram terrenos no final de 2008.
Durante os depoimentos, Vilson de Oliveira afirmou que só faria comentários sobre a CEI após o término dos trabalhos de investigação. Mas, logo em seguida, disse que há direcionamento nas perguntas feitas ais depoentes.
O fato foi negado pelo presidente da CEI, vereador Marcos Rios (PSDB). “São perguntas padrão e algumas novas que vão surgindo conforme as respostas das pessoas. Não há qualquer tipo de direcionamento e quem acompanha o nosso trabalho pode comprovar”, finalizou.
LEGENDA
Alguns depoentes repassaram cópias de documentos ao relator da CEI
CRÉDITO
Edson Mazzetto/Ass. Imp.