Alegando não ter acesso prévio aos questionamentos, o ex-prefeito Lísias de Araújo Tomé não se municiou de documentos para prestar seu depoimento aos integrantes da CEI da Cohavel. A oitiva ocorreu na tarde desta quinta-feira (28), no plenário da Câmara de Vereadores. Em várias oportunidades o ex-prefeito afirmou não se lembrar dos detalhes argumentando que assinava dezenas de documentos diariamente. Assim, não pôde acrescentar detalhes considerados importantes para o andamento das investigações. Porém, se comprometeu em responder por escrito aos questionamentos que deverão ser encaminhados a ele nos próximos dias.
Durante o depoimento, chamou a atenção das pessoas que acompanhavam no plenário uma nova denúncia apresentada pelo presidente da CEI, vereador Marcos Rios (PSDB), dando conta da contratação de uma empresa de publicidade para confecção de um tablóide com informações sobre as obras executadas pela Cohavel. O presidente afirmou que a companhia contratou o serviço no dia 29 de dezembro do ano passado, dois antes do término da gestão, ao custo de R$ 74,9 mil, sendo que uma avaliação recente mostra que o mesmo trabalho custaria no máximo R$ 5 mil. Lísias afirmou que não tem conhecimento dos fatos e que não autorizou a confecção do informativo.
Sobre as obras de reforma em escolas e creches com recursos do Fundeb, o ex-prefeito apenas disse que seu secretario de Educação, Elemar Müller, e o então presidente da Cohavel, Vilson de Oliveira, tinham liberdade para tomar todas as decisões sobre os trabalhos e que a companhia foi escolhida pela administração por oferecer mão-de-obra com custo inferior aos praticados no mercado da construção civil.
Ao final, o presidente da CEI voltou a reiterar a necessidade de nova convocação do ex-presidente da companhia.
LEGENDA
Vilson de Oliveira acompanhou o depoimento do ex-prefeito Lísias Tomé
CRÉDITO
Edson Mazzetto/Ass. Imp.