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Oito pessoas ouvidas pela CEI da Cohavel

Ao dar continuidade ao processo de análise de documentos, os vereadores cascavelenses que integram a CEI da Cohavel se depararam com uma situação considerada, no mínimo, estranha. Dos 181 terrenos repassados à companhia pelo Executivo no final do ano passado, um havia sido dividido em vários lotes e entregue a 10 pessoas, seis da mesma família. A quadra está localizada no Loteamento Petrópolis, no bairro Santa Felicidade, próximo à rede de alta tensão da Copel.
Já no primeiro depoimento da tarde, os vereadores Marcos Rios (presidente) e Valdecir Nath (relator) tiveram uma surpresa. Eliana Wlodaski, uma das moradoras, afirmou que o imóvel havia sido invadido e que ao longo da última década, várias outras pessoas se alojaram no local de forma irregular. Porém, todos foram procurados pela direção da Cohavel, no final do ano passado, para que a situação fosse regularizada.
Mas, a companhia elaborou contratos que simplesmente autorizavam a utilização do imóvel, sem especificar valores ou prazos para o regime de comodato, tampouco concedia direito de propriedade. Questionada sobre o responsável pela proposta, a depoente afirmou que ouviu tudo do ex-presidente Vilson de Oliveira. “Ele nos disse que com aquele documento ficaríamos tranquilos”, acrescentou. Todos os contratos foram assinados no dia 31 de dezembro do ano passado.
Todas as pessoas ouvidas confirmaram a situação, mas disseram que não desembolsaram qualquer quantia até o momento. “É uma situação totalmente irregular. A área está invadida e a Cohavel simplesmente cede para ocupação, sem um documento, sem cobrança”, frisou o presidente Marcos Rios, alertando para a dimensão do problema, já que todas as famílias construíram suas casas sobre o terreno.
O vereador Leonardo Mion, membro da CEI, com compromissos agendados anteriormente, não participou da tomada dos depoimentos.



LEGENDA
Todas as pessoas ouvidas disseram estar na mesma situação

CRÉDITO
Edson Mazzetto/Ass. Imp.