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​Outubro Rosa: Câmara debate prevenção e tratamento do câncer de mama

A Câmara de Cascavel promoveu nesta sexta-feira (22) uma mesa-redonda com o tema “Outubro Rosa – Consciência pela Vida”, que trouxe informações de prevenção e tratamento do câncer de mama. O evento foi coordenado pelo vereador Cidão da Telepar (PSB) e pela Escola do Legislativo, coordenada por Adriana Flores Salles.

Umas das especialistas convidadas, a Dra. Graziele Moraes Losso, começou o debate falando sobre o câncer de mama hereditário. Ela destacou que os principais fatores de risco para este tipo de câncer é ter idade acima de 50 anos, histórico de câncer de mama familiar (especialmente mãe e avó), não ter filhos ou a primeira gravidez após os 30 anos, consumo de álcool, radiação torácica, uso de hormônios externos, obesidade e doenças mamárias prévias. “Apenas 10 a 20% dos diagnósticos de câncer de mama são hereditários, o restante é mais influenciado pelo estilo de vida, que inclui a qualidade da alimentação, exercícios físicos, meio ambiente e contato com agrotóxicos, por exemplo. É por isso que vemos o número de casos de câncer aumentar tanto”.

A ativista Simone Sarolli Preisner Braga Côrtes contou a experiência vivenciada como paciente de câncer por duas vezes e a importância do voluntariado, não apenas para ajudar outros pacientes e suas famílias, mas também como estratégia para auxiliar o tratamento dos próprios pacientes.  Além de ser uma das fundadoras do Cascavel Rosa, Simone coordena outro projeto, chamado Amor em fios, que produz perucas, lenços e turbantes para mulheres e também para crianças.

Sobre os problemas emocionais que afetam as mulheres diagnosticadas com câncer de mama, a psicóloga Caroline Francisco Buosi explicou que os seios carregam uma simbologia muito grande para as mulheres, seja pela maternidade ou pela sexualidade, e que num segundo momento, a mulher sofre também com a perda dos cabelos, outra parte do corpo bastante relacionado à feminilidade. “Na clínica vemos as mulheres passando por todas as fases do luto após a descoberta do diagnóstico, desde a negação, a raiva, a negociação, a depressão e aceitação”. A profissional destacou que estas fases são absolutamente normais e esperadas e que em todos os momentos as mulheres devem poder contar com uma rede de apoio ativa e compreensiva.

De acordo com a médica Michelle Herrmann, oncologista do CEONC, são mais de 60 mil casos diagnosticados por ano e 18 mil mortes. “O mais importante desta campanha do Outubro Rosa é garantir que mais gente tenha um diagnóstico precoce e tenha mais chance de tratamento e sobrevivência”. O médico Emerson Wander Silva Soares, representando a UOPECAN, também falou sobre o atendimento prestado pelo Estado nestes casos e sobre a importância e eficácia da mamografia.

Tiago Tomaz da Rosa, que trabalha com Estética e Ortomolecular e Carolina Bortolon Rosa, médica dermatologista, falaram sobre a importância de a mulher receber ajuda multiprofissional, para que possa responder bem ao tratamento, cuidando do psicológico, da alimentação, pele, cabelo e conseguir manter a autoestima, que afeta tanto os pacientes com câncer.

Além das palestras, a organização do evento também fez o sorteio de brindes e as participantes puderam ter um momento de cuidado e valorização da beleza com as maquiadoras Daiane, Jamilli, Laize e Thainara.

Para o vereador Cidão, que propôs o evento, “é preciso conscientizar o maior número de mulheres e também de homens sobre este tema e ajudar quem enfrenta a doença garantindo tratamento humanizado e digno”.

Assessoria de Imprensa/CMC