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Parecer sobre Apae em discussão na Câmara

A atual situação das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) do Brasil foi tema de longo debate nesta terça-feira (04) na Câmara Municipal de Cascavel no início dos trabalhos em plenário após o recesso. As discussões foram motivadas pela elaboração do Parecer 13/2009, da Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação, que prevê a inclusão dos alunos da Apae na rede regular de ensino, a partir de janeiro de 2010. De acordo com o presidente da Apae de Cascavel, Pedro Araújo, que utilizou a Tribuna do Legislativo a convite do vereador Nelsinho Padovani (PMDB), a inclusão plena, da forma como foi elaborada, significa a extinção das escolas de educação especial do país. “As famílias e as escolas de educação especial estão sendo ignoradas da participação dos processos decisórios, que afetam e afetarão os interesses das pessoas com deficiência. A sociedade civil organizada está sendo totalmente ignorada por esta secretaria, passando a ser meramente expectadora do processo de organização da educação especial no Brasil”, diz um trecho do manifesto elaborado pela Apae de Cascavel e encaminhado ao Ministério da Educação.
Durante seu pronunciamento no Legislativo, Pedro Araújo lembrou que a chamada rede regular de ensino não oferece as condições necessárias básicas para abrigar alunos com necessidades especiais, como grupos multidisciplinares de ensino, médicos, fisioterapeutas e estrutura física para as atividades extracurriculares.
Ao final, o presidente da Apae solicitou aos vereadores a elaboração de ofícios a serem encaminhados aos representantes do Estado em Brasília solicitando empenho dos parlamentares no sentido de trabalharem contra a homologação do parecer.
“Temos que fazer todo esforço possível para que esse documento não seja assinado e seu teor colocado em prática”, frisou o vereador Nelsinho Padovani.


LEGENDA
Pedro Araújo: “Parecer significa a extinção da Apae”

CRÉDITO
Lorena Manarin/Ass. Imp.