As péssimas condições estruturais da Escola Municipal Dulce Andrade Siqueira, antigo CAIC 1, ultrapassou os limites de tolerância, deixando de ser precariedade que afetam condições pedagógicas para uma questão de saúde pública grave, o que motivou um comunicado público da APPS (Associação de Pais, Professores e Servidores) da unidade, com cerca de 80 assinaturas, endereçado a autoridades como a Prefeitura, Câmara de Vereadores, Ministério Público Estadual, Conselho Tutelar, Juizado da Infância e da Juventude, 10ª Regional de Saúde e Corpo de Bombeiros.
Na condição de presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto do Legislativo, o vereador Paulo Porto (PCdoB) esteve na manhã desta terça-feira (13) na unidade situada no bairro Floresta que atende aproximadamente 800 crianças da rede municipal. “São condições lastimáveis que apontam quase a impossibilidade da realização de aulas”. Além de constatar a debilidade estrutural da escola, o parlamentar foi informado dos problemas de questões de saúde envolvendo professores e alunos, em virtude da infestação de pombas. “O alto índice de pombos tem infestado as salas que estão com infiltrações, nos dias de chuva escorregue água contaminada com fezes dos animais”.
Uma série de doenças pode ser transmitida pelas pombas, entre elas, dermatite, salmonelose, criptococose, ornitose e histoplasmose. “Os professores nos relataram casos de crianças com dermatite crônica, funcionários afastados por problemas respiratórios. A Secretaria de Educação informou que já uma licitação para a reforma da cobertura da escola, porém enquanto isso não acontece é preciso uma força tarefa emergencial para amenizar as infiltrações, limpeza as calhas, entradas de ar e janelas que estão infestadas de fezes”, alertou Porto.
Assédio moral
Não bastasse a constatação das péssimas condições do CAIC, o vereador Paulo Porto foi surpreendido no início da tarde desta terça-feira com o protocolo de uma denúncia da APPS (Associação dos Pais, Professores e Servidores) da Escola Municipal Dulce Andrade Siqueira à 8ª Promotoria de Justiça e a Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Cascavel.
O documento denuncia suposto assédio moral do secretário de Educação, Valdecir Nath, junto aos professores após as denúncias feitas à imprensa e a visita do vereador na unidade. O ofício relata que “após divulgação do problema em jornal de circulação local e da visita do vereador Paulo Porto a escola, professores receberam telefonema, avisando que se o caso for levado ao Ministério Público, estarão os mesmos sobre risco de transferência do local de trabalho. O que consideramos ameaça ou assédio moral”. Assina o ofício, Helena Pereira da Luz, membro da APPS.
“Na condição de vereador e integrante da Comissão de Educação da Câmara iremos acompanhar de perto a investigação desta denúncia que, caso confirmada é seríssima, dentro do estado de democrático de direito. Esperamos também o acompanhamento do sindicato que representa a categoria, o Siprovel, em relação a esse documento protocolado na promotoria”, concluiu Paulo Porto.
Júlio Carignano / Assessoria de Comunicação / Paulo Porto