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Professora Liliam faz apelo: os gestores públicos precisam ter responsabilidade

De acordo com os dados divulgados ontem (23), pela Diretoria de Gestão em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Paraná, há 1.914 pessoas em leitos de UTI do SUS intubadas e 343 pessoas precisando desesperadamente de leitos de UTI Covid. Já na Macrorregional Oeste, são 325 pessoas intubadas em leitos de UTI e 83 pessoas em espera por UTI Covid, conforme informações da Central de Acesso à Regulação do Paraná (CARE). Essas 83 pessoas estão em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Hospitais de Pequeno Porte. Muitos estão intubados, outros estão em máscara com pressão positiva, mas outros estão simplesmente recebendo oxigênio.

Gestantes estão apresentando risco aumentado de hospitalização, a mortalidade perinatal está aumentando muito. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), mais da metade das gestantes que evoluíram para óbito não apresentavam comorbidades. Nesse sentido, é preciso novamente alertar que a taxa de mortalidade da nossa região é de 75% a 80% dos que são intubados. Muitos que sobrevivem estão morrendo depois, outros estão desenvolvendo problemas cardíacos, depressão, ansiedade ou pânico. Ainda não se sabe quantos dos idosos desenvolverão doenças como alzheimer e parkinson, cujos "gatilhos" ainda não são bem conhecidos.

"O que mais assusta é que ainda tem gente completamente alheia a tudo! No mesmo dia em que estes dados foram divulgados, estava acontecendo uma festa clandestina com cerca de 500 pessoas numa chácara, aqui em Cascavel", exclama a vereadora Professora Liliam (PT). A festa, segundo a Vigilância Sanitária, não foi autorizada pelo Município, pois não seguia nenhum tipo de protocolo de prevenção à covid-19 e foi encerrada com auxílio da Polícia Militar (PM) e da Guarda Municipal (GM).

De acordo com a legislação vigente, eventos em Cascavel podem ocorrer em locais com alvará em dia, com a lotação de até 50% da capacidade do local, sendo proibida a abertura de pista para dança, e com encerramento até a meia-noite. A Prefeitura optou por não publicar novo decreto, para medir o “grau de maturidade” da população.

"É preciso que o Poder Público, que é uma entidade abstrata, que se humaniza por meio de agentes públicos, de gestores eleitos, se responsabilize. O indivíduo, a pessoa, no cotidiano, tende a ecoar a forma cotidiana de viver. É do lugar dos poderes instituídos que se vê, de forma mais alargada e abrangente, as relações sociais, e, então, a ampliada responsabilidade dos gestores. Nós vimos na prestação de contas do primeiro quadriênio uma cidade com uma saúde econômica admirável. E, entendendo que o dinheiro público é de cada um de nós, é possível que a gente faça sim ‘excessos’, direcionando toda riqueza desse Município para atender a vulnerabilidade social. Que toda riqueza dessa cidade possa ser direcionada para atender quem precisa ficar em casa e comer, comprar remédio e seguir vivendo. E nós precisamos ficar em casa" complementa a vereadora.