Os japoneses e seus descendentes que vivem em Cascavel, devem ter a partir deste ano, uma data comemorativa no Calendário de Eventos. É o dia 18 de junho, que passará a ser o Dia da Imigração Japonesa, com a aprovação do Projeto de Lei nº 3/2023, proposto pelos vereadores Pedro Sampaio (PSC), Alécio Espínola (PSC) e Xavier (Republicanos).

O projeto foi aprovado por unanimidade em sua primeira votação, na sessão desta segunda-feira (06), e retorna na terça para o segundo turno de discussão. Conforme o art. 2º da proposição, “o Poder Público e as entidades representativas poderão, em parceria, promover eventos públicos voltados para a valorização da cultura japonesa”.

Pioneiros

A história da comunidade japonesa em Cascavel se inicia com a chegada da primeira nikkei à cidade já no ano da emancipação do município, em 1953. Aracy Tanaka, natural de Antonina (PR), ela foi chefe do cartório distribuidor por 40 anos. Formada em Magistério e Técnica em Contabilidade, lecionou em Curitiba e em Cascavel.

Em 1956, o primeiro imigrante japonês nato foi o senhor Hirosuke Nagasawa. Nascido em 5 de março de 1923 na ilha Sakalina, veio com sua família para o Brasil em 1930. Nagasawa trabalhou em uma chácara, foi taxista e também comerciante com bar, mercearia e sorveteria.

Desde então, vieram mais imigrantes que se organizaram e fundaram, em 1966, junto com Nagasawa, a Associação de Moradores de Cascavel Nihonjin-Kai, cujo primeiro presidente foi Tomaz Kimura. Nessa época, as reuniões dos associados eram realizadas nas residências das famílias.

Ainda em 1966, o grupo de jovens iniciou a construção do campo de beisebol, a primeira atividade esportiva da associação. Logo em seguida, foi dado início à construção da sede social, feita em madeira. Em 07/07/1968, a Associação Cascavel Nihonjin-Kai mudou sua denominação para Associação Cultural e Esportiva de Cascavel – ACEC. A sede atual, na avenida Piquiri, foi construída em alvenaria e inaugurada em 1981, na gestão do presidente Masayuki Inomata.

Assessoria de Imprensa/CMC