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Vereadores sugerem união de esforços para auxiliar Apae


O problema da grave crise financeira enfrentada pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Cascavel foi tema de nova reunião na manhã desta terça-feira, na Câmara Municipal de Cascavel. O encontro foi convocado pelos vereadores que compõem a Comissão de Educação, Cultura e Desporto do Legislativo, Fernando ‘Bacana’ Dias Lima (presidente), Leonardo Mion (secretário) e Juarez Berté (membro) e participaram, além do vereador Seno Rhoden, o secretário de Saúde do Município, Nadir Willi, e representantes das secretarias de Educação e Ação Social. Também estiveram a presidente da Apae, Sidney do Carmo Moraes e a diretora social, Sonia Barreto.
A instituição, segundo as diretoras, atravessa crise sem precedentes, com aumento de despesas e diminuição de convênios que vinha recebendo. De acordo com a presidente Sidney Moraes, a Apae não recebe mais uma verba de R$ 15,6 mil mensais do Governo Federal através do Serviço de Ação Continuada (SAC), que, segundo ela, continua sendo repassada para o Município. “Também não temos mais um convênio de R$ 2,5 mil mensais para aquisição de combustível”, reforçou.
As representantes da instituição disseram que a Apae sente-se impotente perante o poder público, que não tem dado a atenção merecida. “Nosso microônibus está parado há 20 dias por falta de manutenção”, disseram, adiantando que, ao persistir o problema, serão obrigadas a fechar as portas e encerrar o atendimento feito atualmente a 318 pessoas.

SUGESTÃO
O presidente da Comissão de Educação da Câmara, vereador Fernando Bacana, apontou as primeiras providências a serem tomadas no intuito de resolver ou minimizar os problemas enfrentados pela Apae. Segundo ele, é necessária a união de esforços entre Legislativo, Executivo, Ministério Público e comunidade. “Primeiro, vamos verificar junto ás secretarias de Administração e Finanças a possibilidade de destinar emergencialmente os chamados recursos livres”, adiantou Bacana. Enquanto isso, o vereador Leonardo Mion disse que também é necessária uma consulta ao Ministério Público e um estudo para elaboração de projeto de lei firmando parceria técnico/financeira.
A Apae de Cascavel tem área de 7 mil metros quadrados e possui em seus quadros 176 funcionários, dos quais apenas uma parte recebe salário por meio de convênios com os governos municipal e estadual. O déficit mensal é de aproximadamente R$ 50 mil.

CONFLITO
Durante o encontro desta terça-feira, as diretoras da Apae expuseram seu sentimento de indignação em relação à falta de apoio da Secretaria de Ação Social do Município. Os representantes da pasta afirmaram que não têm qualquer ligação com a instituição, que deve ser assistida pelas secretarias de Educação e Saúde.
Ficou decidido que uma nova reunião será marcada para daqui uma semana para que todos apresentem os resultados das consultas sugeridas e sejam definidos os próximos passos.



LEGENDA
Vereadores da Comissão de Educação com representantes da Apae e da Prefeitura durante a reunião desta terça-feira

CRÉDITO
Lorena Manarin